A Razão do Meu Afeto


Tenho três gatos. São os meus Petetecos. Companheiros de todas as horas. Estão sempre me esperando chegar em casa. Sempre me acompanham pela casa.
Cada um é de um jeito e tem a personalidade muito definida. Às vezes me perguntam de qual deles eu mais gosto. A resposta é: de TODOS!
Meu coração não faz diferença. Sei que eles também gostam de mim, e isso só quem tem animais entende.

Eles entendem tudo, percebem tudo, sentem tudo. É impressionante!
Tudo começou em abril de 2007. Eu andava querendo um gato. Era um desejo distante... mas contínuo. Tinha vontade de pegar um animal de rua. Ficava pensando tem tanto animal jogado fora... mas no fundo tinha um pouco de receio e também não encontrei nenhum andando pela rua.
Como nada acontece por acaso, um dia quando cheguei em casa descobri que estava sem a chave, havia esquecido no trabalho. Por isso acabei indo dormir na casa do meu irmão. Papo vai, papo vem... comentei com ele sobre o gato que povoava os meus sonhos. Era um gato cinza tigrado. Na mesma hora ele deu a idéia: ADOTA!
E eu pensei, "como?".
No dia seguinte ele me levou numa loja onde compra ração para o Taurus (o belo Hisky Siberiano que está na família desde 1995, quando nasceu!). Nessa loja eles colocam gatinhos abandonados para adoção.
Quando cheguei lá ainda não estava completamente convencida. Tinha um pouco de medo dentro de mim. Pensava:" e se o gato fizer xixi na minha casa? e se ele estragar tudo? e se eu me arrepender? e se...? e se...?"
Minhas dúvidas acabaram quando vi o Frank Sinatra numa gaiola junto com vários outros gatinhos. Ele era o único cinza tigrado e o meu coração disparou enquanto meus olhos não acreditavam no que viam: o gato que eu sonhava!
Para a minha sorte, ele ainda não tinha dono. Na mesma hora pedi para pegar no colo. Ele veio assustado, mas se aninhou e ficou quietinho curtindo o carinho que eu fazia. Pensei: "é meu!"
A moça da loja falou, leva o irmãozinho dele, assim um faz companhia para o outro. Pensei: "Levo o irmãozinho? Como assim? Dois gatos???"
Minha dúvida durou até conhecer o Fred Astaire. Peguei no colo e o Fred dormiu. Que delícia! Fred é um gato preto. Quando pequeno tinha os olhos verdes, hoje tem lindos olhos amarelos. Naquela hora eu não sabia que ele ia ficar lindo como está, mas o coração da gente não liga para esse tipo de detalhe.
Deixei os dois reservados e voltei no dia seguinte para levá-los para casa. Afinal, eu ainda estava sem a chave de casa e tinha que ir trabalhar!
No dia seguinte voltei lá e voltei para casa com os meus pequenos, que foram apelidados de Petetecos. Minha vida ficou muito mais feliz depois que eles chegaram. É uma companhia constante, para toda hora.
Tenho muitas coisas para falar deles, mas depois eu conto.
Um ano depois fui na mesma loja e conheci uma coisinha minúscula, tigradinha e de nariz rosa. Eu até queira outro gato, mas pensava numa menina (fica para o ano que vem!). Mas dessa vez foi ele que me escolheu. O pequenino não parava de me olhar. Ele ia no colo das outras pessoas e jogava a cabeça para mim, ficava querendo pegar a minha roupa, se encostar em mim... Quando foi para o meu colo, não queria mais sair.
Aí, não teve jeito. A família cresceu! O caçulinha se chama Henri Cartier-Bresson.

Comentários

DuContra disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Verônica Cobas disse…
Bom, Stela, agora já conheço as razões de seu afeto. Lindos, os três e sem distinção. Nâo se faz distinção entre filhos, embora possamos ter mais afinidade com um ou outro. Compreendo isso. Acho que o afeto é tão grande que pode ser compartimento. Para cada gaveta, um amor diferente.
Meu filho, João e sua mulher, Mariana, adotaram um gatinho, o Aleph, e me contam, encantados, as travessuras do bichano, derrubador de coisas dentro de casa.
Eu tenho um cachorro, o Leo, um lhasa apso calminho, velhinho..companheirão docemente presente.
Agora vou visitar o Quarto...quem sabe encontre algo legal por lá. bjss. Veronica

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